Ano: 2015

Mostra SP 2015: meu diário de bordo – post 1

Son of Saul ½ [Saul Fia, László Nemes, 2015] A principal diferença entre Son of Saul e os outros filmes sobre o Holocausto é que a câmera de László Nemes está sempre interessada em vivos, não em mortos. O húngaro não tenta fazer mais uma denúncia histórica, prefere não deixar […]

Mostra SP 2015: todos os filmes vistos

Desde que eu desci do ônibus vindo de Maceió em 1999, não consegui mais largar São Paulo. Mesmo morando longe durante um bom tempo, outubro foi sempre época de arrumar as malas e partir pra um circuito de salas entre a Avenida Paulista e as ruas Augusta e Frei Caneca, […]

Festival do Rio 2015: diário de viagem – post 13

À Tarde ½ [Na Ri Xia Wu, Tsai Ming-Liang, 2015] Faz dois anos que Tsai Ming-Liang anunciou sua aposentadoria e, desde então, entre curtas, médias e longas, fez mais 5 filmes. Diante de tanta produção remanescente, é difícil lembrar que a proposta de À Tarde é um encontro de despedida entre […]

Festival do Rio 2015: diário de viagem – post 12

À Sombra de uma Mulher  [L’Ombre des Femmes, Philippe Garrell, 2015] O último longa de Philippe Garrel é bem mais simples do que a maior parte de seu cinema, o que pode frustrar o espectador que conhece a complexidade de sua obra. À Sombra de uma Mulher é um drama […]

Festival do Rio 2015: diário de viagem – post 11

Os 33 ½ [Los 33, Patricia Riggen, 2015] O maior problema de Os 33 não é a superficilidade com que a mexicana Patricia Riggen desenha suas personagens, associando cada um a um estereótipo para ficar mais fácil contar sua versão pasteurizada, mas funcional da operação de resgate dos 33 mineiros que […]

Festival do Rio 2015: diário de viagem – post 10

A Seita ½ [A Seita, André Antônio, 2015] Crescimento desordenado das grandes cidades, ocupação dos espaços urbanos, especulação imobiliária. O assunto preferido do cinema pernambucano. Só que A Seita tem um diferencial entre seus conterrâneos: é uma ficção-científica hipster-retrô estrelada por um dândi anestesiado que acabou de chegar de volta ao […]

Festival do Rio 2015: diário de viagem – post 9

A Academia das Musas  [La Academia de las Musas, José Luís Guerín, 2015] A Academia das Musas transita por vários níveis de cinema. Os créditos, a câmera e as cenas iniciais vendem um documentário sobre um professor de filologia que debate com seus alunos em sala de aula o amor, […]

Festival do Rio 2015: diário de viagem – post 8

Grandma [Grandma, Paul Weitz, 2015] Paul Weitz tem uma trajetória interessante no cinema. Começou dirigindo uma comédia popular adolescente, passou por um pequeno drama, atualizou uma franquia de sucesso, iniciou outra fracassada e agora foi às raízes do cinema indie americano. Grandma é um filme bem clichê. Tem todos os […]

Festival do Rio 2015: diário de viagem – post 7

11 Minutos ½ [11 Minutes, Jerzy Skolimowski, 2015] O polonês Jerzy Skolimowski sempre ofereceu um diferencial entre os cineastas que vinham de seu país: enquanto Polanski, Kieslowski, Zulawaski e Wajda se dividiam entre o mercado internacional, as sensibilidades poéticas e os dramas de guerra, Skolimowski presenteava o espectador com um cinema […]

Festival do Rio 2015: diário de viagem – post 6

Boi Neon ½ [Boi Neon, Gabriel Mascaro, 2015] Num bate-papo pós-sessão, Gabriel Mascaro disse que um dos fundamentos do filme era criar expectativas para depois quebrá-las. Embora talvez esse não deve ser um objetivo, mas uma consequência, está nessa frustração de expectativas um dos maiores trunfos de Boi Neon, segunda ficção […]