21 Gramas

Narrativas esfaceladas podem provocar estranheza em muitas platéias, mas, desde que Pulp Fiction ganhou um Oscar de roteiro original, elas deixaram de ser novidade. O maior atrativo de 21 Gramas é como o roteiro de Guillermo Arriaga apresenta a história que une três personagens cujas vidas se cruzam em um determinado momento. Fosse esse apenas seu único mérito, o segundo longa-metragem de Alejandro González Iñarritú não chegaria muito longe, mas o mexicano revela aqui um grande desenvoltura como diretor de atores. Sean Penn, Naomi Watts e Benicio Del Toro são nomes que fortalecem qualquer elenco, que garantem créditos para qualquer filme, mas suas interpretações aqui vão além do talento pessoal, apontam para um vigoroso trabalho na condução dos desempenhos. E na unificação do discurso também. Iñarritú compõe um cotidiano contemporâneo, que não é estruturado em padrões estereotipados de personagem suburbanos. Pelo contrário, ações e reações, pessoas e lugares soam não apenas reais, mas próximos. A edição, a coisa mais visível no filme, vira coadjuvante. Apesar de uma certa repercussão contraditória, ela é boa. Mas não é o melhor. O roteiro pode partir de uma idéia semelhante a Amores Brutos, estréia do diretor, mas as relações estabelecidas entre os personagens transformam o filme num trabalho honesto e bem realizado. Sean Penn, num desempenho muito melhor do que o indicou para o Oscar (Sobre Meninos e Lobos, de Clint Eastwood), comanda um elenco afinado e sem afetações.

21 Gramas
[21 Grams, Alejandro González Iñárritu, 2003]

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36 comentários sobre “21 Gramas”

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  2. esse filme e maravilhoso..denso..já o assisti dezenas de vezes..não me cansa, muito pelo contrário, parece que a cada vez que vc o vê, ele desperta em vc sensações diferentes.
    Além de estar repleto de boas atuações, vale á pena vê-lo nem que for apenas para ver Sean Penn em ação.

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