Quem nunca gostou de cinemão que atire a primeira pedra. Premonição, o original, é uma delícia de filme. A idéia é simples: pessoas que escapam de um acidente por acaso são perseguidas pela morte. O resultado é um filme ágil e, com o perdão dos puristas, bastante inteligente, principalmente para o gênero terror/suspense.
As cenas das mortes são criativas e bem executadas e a velocidade da edição não deixa o espectador respirar em paz por muito tempo. O filme, sem nenhum astro ou personagem famoso, fez tanto sucesso que uma continuação seria inevitável para o cinema norte-americano.
Como nada se cria, sobretudo em Hollywood, Premonição 2 segue a fórmula do primeiro longa. Se fosse só isso, mantendo o impacto das cenas, seria o suficiente. Mas tudo se transforma na capital do cinema e a idéia inicial ganha novos desdobramentos.
Explicações espirituais e feitiços com efeito de antídoto entram na trama. O que era divertido beira o sem graça. O diretor David Richard Ellis até que mantém o ritmo da história e cria boas seqüências, mas a carência de originalidade neste segundo filme o deixa anos-luz do antecessor.
Premonição 2 ½
[Final Destination 2, David R. Ellis, 2003]