Clean EstrelinhaEstrelinhaEstrelinhaEstrelinhaEstrelinha, Olivier Assayas

Acabei de rever Clean. Definitivamente meu filme do ano. Um texto tão simples, uma maneira tão simples de se contar uma história. Olivier Assayas é muito plácido ao acompanhar os desacertos de sua personagem, sem nunca deixar de demonstrar paixão irrestrita por ela. Diretores apaixonados por suas personagens sempre me conquistam. Assayas trata tudo de maneira tão simples, conduz cada detalhe de forma tão cotidiana, que é estranho que não tenha absorvido nenhum lugar comum. Mesmo nos diálogos entre mãe e filho, que hoje me pareceram um pouco além da idade do garoto, Assayas busca a naturalidade. Maggie Cheung perfeita, Nick Nolte magnífico e uma aparição pequena e irretocável da Jeanne Balibar. Na área técnica, eu gosto de tudo: fotografia, montagem com fades que interrompem as cenas nos momentos certos. Assayas não permite a verborragia. Ele é econômico. As duas canções que Maggie Cheung canta no filme são lindas: “She Can Tell You” (ouvida por Beatrice Dalle na fita e que sobe com os créditos) e “Down in the Light”, na cena do estúdio.

Amor em Jogo EstrelinhaEstrelinhaEstrelinha, Peter e Bob Farrelly

Fui ver muito empolgado com os elogios e com a meia hora que me fez descobrir o quão bonito é Amor em Jogo, mas não me envolveu muito. Acho que começa bem melhor do que termina, embora seja um filme bonito, sensível e bem maduro. A primeira meia hora é arrebatadora, desenhada com uma invejável tranquilidade, apresentando e dando consistência às personagens. O protagonista é meio apático. Fiquei imaginando durante o filme inteiro o que um Jim Carrey faria com aquela personagem. Mas o que mais me impressionou foi como os Farrelly estilizaram seu cinema, no sentido de evolução mesmo. O filme não é de riso fácil, mas de riso solto.

Comentários

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9 comentários sobre “Clean e Amor em Jogo”

  1. Tô com o o DVD do Amor em Jogo aqui em casa, devo ver até amanhã. Roger, infelizmente não poderei te ajudar. Não sou muito fã de Clean, mas assino embaixo dos comentários sobre Cheung, Nick Nolte e Balibar (aliás, essa mulher é maravilhosa).

  2. Achei Amor é Cego bem mediano. Eu sempre leio que talvez seja indicado ao Razzie de pior dupla, mas nao merece tanto. Poderia ser melhor. Drew Barrymore funciona nesse tipo de filme, sozinha. Sem dividir tela com ninguem. Drew x Drew. E só.

  3. Também notei a placidez e a simplicidade de “Clean”. Gostei da forma com que a mãe trata o filho, abrindo o jogo sobre as drogas, tratando-o com respeito. Mas não gostei muito das canções.

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