[em cartaz]

[diamante de sangue ]
direção: Edward Zwick.

Blood Diamond, 2006. Confesso que estava animado com o filme, com seu protagonista de moral falha, interpretado com um sarcasmo Bogartiano pelo Leonardo Di Caprio. Parecia um filme não apenas divertido – afinal, é um filme de aventura com contexto atual em moldes antigos -, mas de certa forma com alguma preocupações ingênuas que temos o hábito de condenar pelo bom mocismo, mas que devem ser preservadas. Era, até certo ponto da projeção, o melhor filme de Edward Zwick. Comecei a pensar que ele havia evoluído, largado o dramalhão em troca das causas sociais (elas são chatas, mas nem tanto quanto). Então, o filme que já estava quase ganhando suas três estrelinhas ganha contornos de revolução espeiritual, quando o protagonista, no que deveria ser o clímax de seus atos de canalhice, fica bonzinho. Mas tão bonzinho que põe quase tudo a perder. Depois desse ato de bondade (não deixa de ser uma revolução ficar sem protagonista nos dez minutos finais de um filme praticamente escorado em seu astro), Zwick mostra como é um diretor de poucas idéias e emula o final de O Jardineiro Fiel (Fernando Meirelles, 2005) para dizer tchau em tom grandioso para o espectador.

Com Leonardo Di Caprio, Djimon Hounsou, Jennifer Connelly, Michael Sheen.

Comentários

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4 comentários sobre “[diamante de sangue]”

  1. Vi que Fernando Meirelles criou um estilo em retratar a África que começa a ser copiado. Fora isso, o melhor do filme, sem dúvida são DiCaprio e Hounson.

  2. nao entendi nada nesse filme.
    a trilha sonora não encaixava, a fotografia não condizia com a premissa do filme. a primeira cena da áfrica, com os pescadores, ficou bonita até demais. e não entendi o que os roteiristas quiseram passar com aquele roteiro. achei o discurso completamente ultrapassado e, de certa forma remodelado. dá a entender que a guerra é inerente ao povo africano, por algumas falas do personagem de Djimoun. e que a africa precisa ser novamente civilizada por nós, o ocidente branco. uma espécie de discurso de “missão civilizadora”, sei lá. aquele final então confirma todo o discurso.
    por fim, nao entendi a indicação do dicaprio por esse filme. atuação média.

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