IDENTIDADE

Se você não quiser saber o segredo deste filme, pare de ler a partir deste ponto: o assassino é o Coronel Mostarda, com uma faca, na sala de jogos. Hehehe. A abertura do texto era só para assustar e brincar com os críticos de cinema que acham que precisam contar o final do longa para escrever sobre um filme de suspense. O protagonista destas linhas é James Mangold, um daqueles cineastas que fazem de tudo. Dramas cabeça e policiais interioranos fazem parte da sua filmografia não tão extensa. O diretor agora se aventura pelo suspense, mais especificamente naquele subgênero onde se precisa descobrir um assassino. Quem nunca jogou detetive que atire a primeira pedra sobre o tabuleiro.

Identidade logo em suas primeiras cenas, revela-se uma surpresa: bem escrito e editado, apresenta bem os dez personagens que vão sendo eliminados pouco a pouco num hotel de beira de estrada. Reaproveitando os clichês do gênero, o filme se estrutura inteligentemente, desenvolvendo uma trama paralela aos crimes do hotel, que se mostra aos poucos fundamental para o desenrolar da trama. Os personagens fogem dos estereótipos fáceis e o texto surpreende. John Cusack, mais uma vez, consegue um bom papel, mas o destaque do elenco mesmo é Amanda Peet, como uma prostituta sonhadora. A resolução encontrada pelo roteirista é boa, mas um golpe final coloca tudo – ou quase tudo – a perder. A criatividade de Identidade parece não ter sido satisfatória para os produtores, que quiseram um final mais ativo para provocar impacto no espectador. O excesso fica evidente.

Identidade
Identity, EUA, 2003
Direção: James Mangold.
Elenco: John Cusack, Ray Liotta, Amanda Peet, John Hawkes, Alfred Molina, Clea DuVall, John C. McGinley, William Lee Scott, Jake Busey, Pruitt Taylor Vince, Rebecca De Mornay, Carmen Argenziano, Marshall Bell, Leila Kenzle, Matt Letscher, Bret Loehr, Holmes Osborne, Frederick Coffin, Joe Hart, Michael Hirsch, Terence Bernie Hines.
Roteiro: Michael Cooney. Produção: Cathy Konrad. Fotografia: Phedon Papamichael. Edição: David Brennerl. Direção de Arte: Mark Friedberg. Música: Alan Silvestri. Figurinos: Arianne Phillips.

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