Thomas Jane, Laurie Holden, Frances Sternhagen

Os minutos finais do último filme de Frank Darabont são de um efeito avassalador. Fazia tempo que Stephen King não chegava tão forte ao cinema. O Nevoeiro é o terceiro longa (há um curta também) em que Daranbont vasculha o universo perturbado do escritor. O orçamento barato – o filme não parece ter vergonha disso – garantiu efeitos visuais de segundo escalão, mas mesmo que estejamos diante de um filme de ficção científica ou de terror, não é o visual o que mais importa. O Nevoeiro é um daqueles estudos do comportamento humano num ambiente de desespero.

Parece meio óbvio porque a gente já viu filmes – ou livros ou que quer que seja – com esta temática aos montes, mas Daranbont soube desenhar com destreza o precipício interno de cada uma das pessoas que Stephen King deixou presas num supermercado cercado por uma névoa que guarda o desconhecido. É neste ambiente onde se volta a um estado primário, onde surgem a política, a organização social e Deus. E ao momento em que se estabelece papéis. Quase que como em Lost, surgem, entre outros, um líder inesperado (Thomas Jane, bastante crível), uma primeira-dama forte (Laurie Holden, correta) e um oráculo (Marcia Gay Harden, deslumbrante, um de seus grandes papéis).

Todos submersos naquela que é a soma de todos os nossos medos: o que se pode fazer diante da ameaça do desconhecido? Quando o máximo que você consegue é eleger seu parceiro um inimigo num movimento de auto-defesa, não se pode cobrar um final muito feliz.

O Nevoeiro Uma estrelaUma estrelaUma estrelaUma estrela
[The Mist, Frank Daranbont, 2007]

Comentários

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72 comentários sobre “O Nevoeiro”

  1. Decepcionante o final do filme…No conto para quem não sabe,o nevoeiro não some de repente,o conto termina com o protagonista deixando uma carta em que ele relata o que ocorreu,deixando o final aberto.

  2. O filme é ótimo.
    Cumpre o seu papal, ou seja, passa o que realmente quer passar.
    Uma pena algumas pessoas não conseguirem “pegar” isso, ficam presas ao “filme” esperando um início, meio e final feliz e não conseguem identificar o conteúdo.
    Parabéns ao diretor e principalmente às pessoas que gostaram.

  3. O inicio do filme é barra aguentar, pois é muito chato, mas o final realmente foi inesperado, intrigante, excelente, chega até ser cômico depois de ver mais de uma vez seu fim, pois ocorre um FAIL estrondoso do ator principal no final.
    Melhor q esse só o Hot Rod. kkkkkkk

  4. Final Decepcionante, Estraga todo o filme… faz voce pensar que perdeu o seu tempo, nao justifica tanto esfroco o filme todo… o filme inteiro ocorre bem mas pare de assisir antes quando eles param o carro…

  5. Já li e já vi tudo de Stephen King, o filme em si é legal, te preende, mas o final fala sério em, eu odiei…foi uma mistura de ódio e nostálgia, nem sei bem explicar, fiquei parada, estática, o diretor deve ter tomado todas rsrsrs.

  6. Filme muito intrigante e com fatos que não são totalmete impossíveis de acontecer (hoje em dia). Que vontade que dava de estrangular aquela beata. Pior queexistem tipos como o dela, que se acham no direito de julgar as pessoas. Apenas os outros estão errados. Porrada nela.
    Excelente o final então, nada previsível

    O final não é igual ao do livro.

  7. pelo que eles fizeram,tanto lá dentro quanto lá fora do mercado,no final fica aquela sensação,espera mais uns minutinhos….(deu vontade de chorar)

  8. Ainda vou dar mais uma chance pra esse filme.

    Odiei. Me irritei MUITO com esse filme, tudo.

    Tentáculos, ‘O Portal’ que o governo estava construindo, os atores, a velha religiosa, o modo como as pessoas são dominadas por ela é o máximo (irônico), o jogo de emoções do filme É FANTÁSTICO, isso eu digo.

    O final… é estupendo.

    Não estou sendo “do contra”, eu mesmo achei estranho ter odiado, quando praticamente todos que conheço gostaram.

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