Quem vê a figura de Marcelo Rezende na televisão não imagina o outro lado do jornalista. O apresentador do Cidade Alerta, um dos rostos mais conhecidos do telejornalismo brasileiro, também é um leitor voraz, um profundo admirador de vinhos e, sempre que a rotina apertada permite, um cinéfilo de carteirinha. Rezende já assistiu Lincoln, de Steven Spielberg, duas vezes, e vez por outra volta aos filmes de James Bond estrelados pelo Sean Connery. “Vi Skyfall, mas não é a mesma coisa”, explica.
O interesse pelo cinema é antigo, mas já foi compulsão. “Quando abriu uma locadora perto de casa, vi 654 filmes em dois anos. Alugava todo dia”, confessa, e diz que sempre tenta dar uma escapada para assistir alguma coisa em cartaz. O Filmes do Chico perguntou para Marcelo Rezende se ele aceitaria eleger seus dez filmes favoritos. Como não poderia ser diferente, o homem respondeu: “corta pra mim”. A lista está em ordem cronológica.
Cidadão Kane
[Citizen Kane, OrsonWelles, 1941]
Casablanca
[Casablanca, Michael Curtiz, 1942]
Morangos Silvestres
[Smultronstället, Ingmar Bergman, 1957]
A Faca na Água
[Nóz w Wodzie, Roman Polanski, 1962]
2001 – Uma Odisseia no Espaço
[2001: A Space Odyssey, Stanley Kubrick, 1968]
Perdidos na Noite
[Midnight Cowboy, John Schlesinger, 1969]
O Poderoso Chefão
[The Godfather, Francis Ford Coppola, 1972]
Roma de Fellini
[Fellini-Roma, Federico Fellini, 1972]
Chinatown
[Chinatown, Roman Polanski, 1974]
Caçadores da Arca Perdida
[Raiders of the Lost Ark, Steven Spielberg, 1981]
Roman Polanski foi o único cineasta que ganhou dois filmes na lista. Sobre A Faca na Água, estreia do diretor, que concorreu ao Oscar de filme estrangeiro, ele disse que considera a cena em que o personagem brinca com a faca entre os dedos uma das mais angustiante que ele já viu. Marcelo Rezende também adora uma história de bastidor sobre Roma: “uma jornalista foi entrevistar o Fellini e tentou explicar que entendeu o significado dele ter colocado uma atriz gorda perto de uma porta. Ele falou: – não, minha filha, a atriz tinha faltado e eu precisava preencher a tela”. E como o cinema pode ser tão simples quanto a vida, resolvi fazer mais uma pergunta pro ilustre entrevistado:
– Algum filme pro Percival?
– Um que ele entenda? Mazzaropi!
Gosto cada um tem o seu , gosto do programa dele só assisto por causa dele , se fosse outro com certeza não veria, não suporto o Datena dos filmes que ele gosta ja vi alguns ..ja vi ele brincar com o Luiz Bacci da pronuncia do inglês .que ele Bacci fala… Marcelo entende muito bem..mais faz o reporte repetir ,sinceramente não acredito que ele não saiba falar em inglês e muito menos entender , ja que viajou para vários, países isso e mais uma provocação.e o jeitinho que ele achou para se aproximar do publico.e se ele não souber tudo bem a grande maioria da população não sabe também …PS ; ele tem uma filha que mora fora do Brasil .
Maceió,03/09/13
Parabéns ao grande jornalista “Marcelo Rezende”,invejado por alguns e admirado por muitos.
Adriel Batista Correia de Melo
SE OS FILMES QUE EL CURTE SÃO BONS OU NÃO NÃO ME IMPORTAM, PQ ELE É MUUUIIITOOO GOSTOSÃO… EU PEGARIA COM TODAS AS MINHAS FORÇAS… TESÃO.
Aí o outro achou um CD de “Grandes Orquestras” no carro do MR + estes filmes, o que prova que as gerações anteriores tinham mesmo mais conteúdo.
A parte mais valorizada estava acima do pescoço. Hoje, infelizmente, já não é mais assim. Choro de rir com as aparições do Bacci. Só uma coisinha : o feirante gritava, no fim da feira : “cooorrrta pra mim, Perrrrcival !” Desculpe a brincadeira.
Parabéns, Marcelo, por alcançar um patamar excepcional no telejornalismo brasileiro. Você conduz com maestria o “Cidade Alerta”, com pitadas de humor sarcástico e inteligência. O programa consegue ser bem “genérico” (alcançando a todos, até crianças), sem necessidade de “apelar” para o elitismo; sem temer grandes emblemas, sem afetações de sistemas: tanto você, quanto o também excepcional Percival, emitem destemidamente opiniões com competência e conhecimento de causa (esses dois são experientes “monstros” do jornalismo (policial/investigativo). Promoves com sagacidade o “Bat” (jornalista que ora revela-se), com toda uma arquitetada “encenação de dramaturgia”, conseguindo “segurar” o programa (que é extenso e que, se levado apenas no nível de narração e comentários, poderia ser fastidioso), tornando-o interessante até seu final. Por tudo isso e muito mais, sim, parabéns, Marcelo, e a toda equipe que o assessora. Abraços! (Nando Esteves)