Guilty pleasure é a expressão mais gostosa da cultura pop. Eu nunca tinha feito uma lista dos meus guilty pleasures do ano, mas, passando os filmes que assisti em 2011 a limpo, cheguei à conclusão que pelo menos uns 12 eram guilty pleasures. Filmes que, em sua essência, são ruins, mas que foram deliciosos de assistir.
I Am Number 4, D.J. Caruso
Um genérico dessas séries de livros sobre adolescentes com superpoderes num mundo cheio de seres fantásticos. Mas, ao contrário de Harry Potter, que leva a sério seu universo, este filme desafia o bom senso, o bom gosto e o bom humor com um caldeirão de citações que, surpresa, é deliciosamente Z, com destaque para os efeitos porcos.
Limitless, Neil Burger
Parece uma cópia de quase tudo – e é – mas a ficção-científica passada nos dias de hoje que celebra a canastrice de Bradley Cooper, conquista pela ironia, pelo sarcasmo e pela cara-de-pau com que defende a própria trama. Robert De Niro entra na brincadeira e faz seu papel mais interessante desde… desde…
Priest, Scott Charles Stewart
Um futuro devastado e um orçamento vagabundo. A combinação que já destruiu muitos blockbusters-wannabe deu certo aqui. O filme assume suas limitações e sua origem mundana (HQs alternativas). E nesse tom de pulp fiction, com Paul Bettany recicla Clint Eastwood e vira nosso herói.
Unknown, Jaume Collet-Serra
A trama é a mais batida do cinema: o homem que perde sua memória e não se encaixa mais na sua própria vida. Mas o filme estrelado por Liam Neeson, no auge de sua condição de herói de ação da série B, brinca com as reviravoltas, sabe vender seus absurdos e termina inteligente de tão ruim.
Fast Five, Justin Lin
Eu tinha parado de ver essa franquia no segundo episódio, mas o fato de a história do quinto episódio se passar no Rio me encheu de vontade de dar uma olhada no filme. E, pra minha surpresa, apesar da caricatura do Brasil, dos abusos geográficos e culturais e da quantidade de excessos, o filme é uma diversão impecável. Deliciosa mesmo.
O meu foi Fright Night!
Putz, sem limites foi um dos melhores que eu vi esse ano (vi no Telecine) –> e o filme acerta justamente em assumir a canastrice …