Foi golpe! E foi em primeiro de abril de 1964 e não em 31 de março como os propagadores de fake news tentam fazer de conta. Foi nesta data que o governo democrático do presidente eleito João Goulart sofreu um golpe de estado que levou o Brasil para uma ditadura militar que deixou centenas de mortos e desaparecidos, torturou milhares e se estendeu até o final de 1985. Aqui estão 15 filmes que não nos deixam esquecer desta data:
“Polka do Cu”, de Tatuagem. Isso é subversão.
1) Ação Entre Amigos (Beto Brant, 1998)
Sobre a herança do golpe e da ditadura.
2) O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (Cao Hamburger, 2006)
Sobre as famílias que a ditadura destruiu.
3) Cabra-Cega (Toni Venturi, 2005)
Sobre as pessoas que tentaram resistir à ditadura.
4) Cabra Marcado para Morrer (Eduardo Coutinho, 1984)
O filme que a ditadura interrompeu no meio porque era “comunista”.
5) Cidadão Boilesen (Chaim Litewski, 2009)
Sobre quem pagou pela ditadura aqui dentro.
6) O Desafio (Paulo César Saraceni, 1965)
O monólogo que resume como parte da população foi cúmplice da ditadura: “Eu não tenho te acompanhado muito. É uma falta minha. Mas você deve compreender: saímos recentemente de uma crise, que ameaçava levar tudo neste país por água abaixo. Se não tivesse havido a união de nossa gente, provavelmente nem eu, nem você estaríamos hoje aqui. Mas agora as coisas andam mais calma por esse lado”. Um sentimento que parece tão atual, não é mesmo?
7) O Dia Que Durou 21 Anos (Camilo Galli Tavares, 2013)
Sobre quem pagou pela ditadura de lá de fora.
8) Em Busca de Iara (Flávio Frederico, 2014)
Sobre quem a ditadura apagou da história.
9) Hoje (Tata Amaral, 2011)
A ditadura é um fantasma.
10) Manhã Cinzenta (Olney São Paulo, 1968)
O filme premonitório que antecipa o fim de seu diretor, torturado pela ditadura.
11) Nunca Fomos Tão Felizes (Murilo Salles, 1984)
Sobre a distância que a ditadura nos impõe.
12) Pra Frente, Brasil (Roberto Farias, 1982)
O filme que mostra como a ditadura tratou o cidadão comum a partir da paranóia.
13) Que Bom Te Ver Viva (Lúcia Murat, 1989)
Sobre as mulheres que lutaram contra a ditadura e sobre como elas sobreviveram.
14) Tatuagem (Hilton Lacerda, 2013)
Sobre fazer arte durante a ditadura. Tem cu.
15) Terra em Transe (Glauber Rocha, 1967)
A alegoria, como motor da resistência contra a ditadura.
E cinco filmes para lembrarmos que não estamos sozinhos nesta:
1) A Batalha do Chile (Patricio Guzmán, 1975-1979)
2) Estado de Sítio (Costa-Gavras, 1970)
3) A História Oficial (Luis Puenzo, 1985)
4) No (Pablo Larraín, 2012)
5) Uma Noite de 12 Anos (Álvaro Brechner, 2018)
Sempre bom rememorar, não é?
E “Trago Comigo”, também da Tata Amaral, já viu? Primeiro lançado como mini-série e depois editado em formato de longa para os cinemas.